"Harpia" é uma referência ao ser da mitologia grega. Por causa do tamanho e ferocidade do animal, os primeiros exploradores europeus da América Central nomearam estas águias em função das monstruosas meio-mulheres/meio-águias da mitologia grega clássica. "Gavião-de-penacho" e "gavião-real" são referências ao penacho na cabeça característico da espécie, com um formato semelhante ao de uma coroa.
Habitat:
O habitat principal são as florestas tropicais e a espécie se dispersa geograficamente do México à Bolívia, na Argentina e em grande parte do Brasil, notadamente no Amazonas, vivendo em árvores altas, dentro de vasta mata, onde constrói seus ninhos. Habitava as matas brasileiras de forma abrangente. Hoje, pode ser encontrado na Amazônia e visto raramente na Mata Atlântica. Na região amazônica da Guiana, onde foi bem estudado, verificou-se que é um predador sobretudo de mamíferos.
Hábitos:
É tão forte fisicamente que consegue erguer um carneiro sem maiores dificuldades. Tem um assobio longo e estridente e, nas horas quentes do dia, costuma voar em círculos sobre florestas e campos próximos. Elas caçam com curtas e rápidas investidas.
Reprodução:
As harpias, como as águias em geral, são monogâmicas, unindo-se por toda a vida. Elas fazem ninhos em árvores muito altas, com galhos bem separados, de até 40 metros de altura. O casal dá uma cria a cada dois ou três anos. O período reprodutivo vai de junho a novembro e o período de incubação é de 2 meses. As fêmeas depositam um ovo ou dois, mas, caso ambos os ovos sejam incubados com sucesso, em condições naturais somente o primogênito sobrevive, já que o filhote maior invariavelmente matará o menor (este "cainismo" é comum a várias espécies de águia, e permite estratégias de conservação baseadas na remoção do filhote menor do ninho para criação artificial).
Perigos à sua sobrevivência:
Destruição de seu habitat, uma vez que necessita de grandes áreas para viver.
É ameaçada pela caça predatória, por ser considerada perigosa para as criações de animais domésticos.
Longevidade:
Podem viver até 40 anos.
Por: Victor Faria
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