Escrever para não enlouquecer é como se fosse uma espécie de autobiografia não autorizada. Contém cartas escritas e ilustradas pelo autor entre 1945 e 1993, nas quais ele revela os bastidores de sua própria história. As cartas que mostram como Bukowski se tornou Bukowski.
Agora estou trabalhando numa fábrica de ferramentas – e bebendo.
Mas continuei matutando. Onde estão aqueles contos e esquetes que mandei para ela em março de 1946? Ela está zangada? Isso é a vingança dela? Será que ela queimou as minhas coisas? Ela transformou as páginas em barquinhos de papel para a banheira? Ou será que Henry Miller dorme com elas embaixo de seu colchão?
Não posso esperar mais.
Se não receber resposta, terei minha resposta.
(Trecho da carta de Charles Bukowski para Caresse Crosby, 9 de outubro de 1946.)
Nessa correspondência, originalmente destinada a amigos e editores, Bukowski relata fatos e frustrações do seu dia a dia, discorre acerca da arte de escrever e expõe suas opiniões (geralmente bombásticas) sobre autores célebres como Henry Miller, Faulkner e Hemingway. Sempre se valendo do estilo irônico que o celebrizou. Repleta de observações inusitadas. Fruto de uma sabedoria adquirida tanto nas ruas quanto nos livros, as espirituosas cartas do velho são uma leitura indispensável para qualquer fã. Acompanhe em primeira pessoa a trajetória de um dos grandes rebeldes da literatura.
Agora estou trabalhando numa fábrica de ferramentas – e bebendo.
Mas continuei matutando. Onde estão aqueles contos e esquetes que mandei para ela em março de 1946? Ela está zangada? Isso é a vingança dela? Será que ela queimou as minhas coisas? Ela transformou as páginas em barquinhos de papel para a banheira? Ou será que Henry Miller dorme com elas embaixo de seu colchão?
Não posso esperar mais.
Se não receber resposta, terei minha resposta.
(Trecho da carta de Charles Bukowski para Caresse Crosby, 9 de outubro de 1946.)
Nessa correspondência, originalmente destinada a amigos e editores, Bukowski relata fatos e frustrações do seu dia a dia, discorre acerca da arte de escrever e expõe suas opiniões (geralmente bombásticas) sobre autores célebres como Henry Miller, Faulkner e Hemingway. Sempre se valendo do estilo irônico que o celebrizou. Repleta de observações inusitadas. Fruto de uma sabedoria adquirida tanto nas ruas quanto nos livros, as espirituosas cartas do velho são uma leitura indispensável para qualquer fã. Acompanhe em primeira pessoa a trajetória de um dos grandes rebeldes da literatura.
Por: Maria Luiza Pessoa
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