O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro denunciou, nesta segunda-feira (30/05), o professor de capoeira Hélder dos Santos Santana, responsável pelos ataques racistas a cantora Ludmilla nas redes sociais. O Promotor de Justiça Márcio Nobre, que subscreveu a denúncia, solicitou à Justiça também medidas de proteção à artista, para que o acusado não possa se aproximar dela e nem frequentar espetáculos em que ela se apresente.
Hélder, que já responde na Justiça por crime de tentativa de homicídio, agora deverá ser incurso agora nas penas.
O promotor informou através de uma nova enviada à imprensa pelo Ministério Público: “O denunciado ofendeu a dignidade da vítima, demonstrando desapreço e desrespeito, sendo certo que não foi esta a primeira vez que assim agiu”, disse o promotor de Justiça Márcio Nobre, que subscreve a denúncia.
O crime aconteceu no dia 22 de maio. A cantora registrou o caso na Delegacias de Repressão a Crimes de Internet, na segunda-feira, 23. O delegado Alessandro Thiers, responsável pelo caso, afirmou que o empresário Hélder Santos, de 31 anos, morador da Barra da Tijuca, prestou seu depoimento na terça-feira, 24.
Ao ser questionado sobre os ataques racistas pelos investigadores, Hélder contou histórias diferentes sobre o ocorrido. “Primeiro, ele falou que roubaram o celular dele. Dissemos para ele que temos técnicos e que, se fosse mentira, íamos descobrir e seria pior. Hélder Santos disse que estava conversando com uma amiga e que roubaram o celular. Até a hora que confessou que publicou as mensagens”, afirmou o delegado. "O inquérito foi concluído e enviado à Justiça. Agora, cabe à Justiça decidir. A polícia já o identificou. Ele vai ser indiciado por Injúria Racial com causa de aumento por ter sido propagado na internet", detalhou o delegado. “Ele pode vir a ser preso por até quatro anos", resumiu o delegado.
Ainda de acordo com o delegado, Hélder vai responder ao processo em liberdade, mas isso também pode mudar a qualquer momento. "A polícia não viu necessidade de prisão porque não houve violência física. Mas, se a polícia achar que existe a necessidade, ele é chamado novamente.
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